Domingo, 4 de Março de 2007

Publicidade ao livro 'Os Lusíadas'

Hei! 'Os Lusíadas' são para se vender! Vejam só o spot publicitário para a rádio!

... E já agora... o outdoor!

Não se esqueçam também de ver o banner que está aqui neste blog!

Fontes:
Acedido a 02 de Março de 2007.
http://www.uminho.pt/images/GCII/Loja/Lusiadas.jpg
Acedido a 03 de Março de 2007. http://www.culturatura.com.br/lusiadas/imagens.htm

Feeling do Clã: Com vontade de comprar o livro
publicado por lusiadas às 22:14

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Segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2007

O 'Príncipe dos Poetas do seu tempo' - Luís de Camões

Na nossa reportagem, vamos acompanhar o jau António (que foi escravo de Camões) durante um dia. Vamos saber mais sobre Camões visitando a sua casa onde viveu os últimos anos da sua vida. Jau vai ajudar Édito Sá, o nosso reporter para terminarmos a tarefa da 3.ª Semana do Sapo Challenge.

Será uma reportagem assente em factos (ou pelo menos suposições) sobre a vida do "Príncipe dos Poetas" que vão sair da boca de alguém que não sabe muito bem quem era mas que devia saber muito sobre Camões pois foi seu escravo durante muito tempo.



Miserável Príncipe

"Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu." Eis a vida do autor de uma obra de valor inigualável, "Os Lusíadas". Faleceu no passado mês, em casa, vítima de peste... Mas quem é Camões afinal? Que obra é essa, aplaudida até por Sua Majestade, El-rei D. Sebastião?

Édito Sá.

O odor pestilento que abunda no quarto é muito pouco convidativo. Cheira a doença, cheira a carne em decomposição. Mas não há nenhum cadáver no compartimento. Camões foi levado há quase um mês, no entanto, ninguém deve ter entrado naquele quarto a não ser para levar os restos mortais do poeta e as roupas da cama. No quarto não entra luz suficiente e o ar está pesado. Há uma névoa no ar, causada certamente pela fogueira, agora apagada, que torna a atmosfera do quarto quase irrespirável. As paredes estão negras: consequência do fumo, certamente. Assim se descreve o último lugar que Camões viu na sua vida terrena. As suas últimas horas devem ter sido agonizantes porque as febres altas que o atingiram não costumam ser brandas e fustigam todos aqueles que adoecem com a Peste. «Foi uma pena ver o senhor Camões partir...», desabafa o escravo jau, António, que acompanhou os últimos anos de Camões desde que foi comprado por ele, em Moçambique.
 
Jau, o fiel companheiro
Durante muitos anos esteve ao serviço do poeta, agora sentado na cozinha fria da casa de Camões na Mouraria, o javanês lembra todas as vezes que Camões, sem alento, desabafava com ele: ou por falta de sorte nas suas relações amorosas, ou pela falta de saúde de sua mãe, Ana de Sá, ou mesmo porque o dinheiro não chegava...
Lembra-se também de ouvir com atenção o seu senhor recitando o seu poema épico. «Nunca aprendi a ler, mas sei muito daquele livro pelo que ouvi. Oh! O senhor Camões tinha sê's olhos a brilhar no dia em que teve a autorização d'El-Rei pa' publicar "Os Lusíadas". Tant' orgulho que ele tinha! Nã' dormiu na noite antes do livro ser publicado!». Também o escravo tinha um brilho nos olhos quando falava no seu senhor. Era-lhe tão fiel, que chegou mesmo a pedir esmolas para ele sem que o poeta soubesse. Sentia uma vontade enorme de falar do livro. Referia-se ao livro como se fosse filho primogénito do seu senhor.
 
«O senhor queria lembrar todos os Portugueses»
«O meu senhor tinha um amor maior p'la Pátria que p'las mulheres que amava, por isso escreveu o livro». Começou a recitar os primeiros versos do poema, que tinha decorado, enquanto que uma lágrima lhe escapava dos olhos. «O poema do mê’ senhor é lindo. Foi feito com tant’ amor e dedicação…» Neste momento, teve de limpar os olhos. «Ainda nã’ aceitei que o meu senhor está morto… Eu até gostava dele… Onde já se viu um escravo a pedir esmola às escondidas do sê’ senhor?».
«Quando o conheci, contou-me as suas aventuras p’lo Oriente. Oh! Compreendo o qu’ele quer dizer quando chora pela sua falta de sorte… Ele amou tantas mulheres e nunca teve sorte com nenhuma…». Começou a lembrar a história do naufrágio ao largo do Camboja, onde salvou ‘Os Lusíadas’ e deixou a sua amada para trás… «Dinamene [a sua amada] morreu no naufrágio e ele nada pôde fazer. Contou-me também que pior, só quand’ soube que D. Catarina d’Athaíde tinha falecido.»
Pobre escravo. Foi o grande pajem do “Príncipe dos Poetas”: sabe tudo sobre ele, mas nunca será lembrado.
 
Uma Pátria mal agradecida
À tarde, agora em frente ao túmulo do poeta, o jau António ora por ele. «O mê’ senhor Camões estava muito triste nestes últimos tempos… Acho que morreu de desgosto…». Estava a referir-se à crise na sucessão ao trono: El-Rei D. Filipe II de Espanha diz ser o mais legítimo sucessor do trono e teme-se a perda da independência. «Ele lamentava-se muito… Dizia que, quando morresse, a Pátria morria com ele! Dizia que vamos perder tudo…». O medo via-se nos olhos do javanês.

Os restos mortais de Camões repousam perto do Convento de Santana. A Companhia dos Cortesãos pagou as despesas do seu funeral. Pode-se ler agora, no lugar onde descansa para a eternidade uma lápide mandada fazer por D. Gonçalo Coutinho: "Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu".

Agosto de 1572

FONTES:
GAIO, Tiago. Biografia do Autor. Acedido em 24 de Fevereiro de 2007. Os Lusíadas, http://oslusiadas.no.sapo.pt/biografia.html
Luís Vaz de Camões. Acedido em 24 de Fevereiro de 2007. Os Lusíadas,http://www.vidaslusofonas.pt/luis_de_camoes.htm
Acedido a 25 de Fevereiro de 2007. http://www.universal.pt/scripts/hlp/mm/FHLP364_z.JPG
Acedido a 24 de Fevereiro de 2007. http://www2.dlc.ua.pt/classicos/Camoes.jpg

Feeling do Clã: Criámos o jau a partir do nada
publicado por lusiadas às 23:23

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Domingo, 18 de Fevereiro de 2007

Entrevista a Camões

A criatividade fez-nos entrevistar Camões desta maneira. Não sabiamos mesmo como havíamos de chegar até ele...

Fizemos muitas outras perguntas...

Toadies
Esteve detido muitas vezes... Poderia explicar-nos o porquê de tal ter acontecido?

Luís de Camões
Era boémia minha vida
As palavras não media
Em rixas eu m'envolvia
Tinha fama destemida

Depois a prisão esperava
Quem metia o nariz
Depois digo, infeliz
'Com isto é qu'eu não contava'

Toadies
O seu regresso do Oriente foi deveras atribulado...

Luís de Camões
Miséria de vida a minha
Moçambique m'acolheu
Mas nem abrigo me deu
Sorte comigo nã' vinha...

Depois apar'ceu 'sperança
Uns amigos m'ajudaram
À Pátria me retornaram
Pequeno fio de Bonança

Toadies
E a sua morte? Morreu de peste tanto quanto sabemos...

Luís de Camões
Que momento delicado
De minha vida terrena
Não foi morte mui amena
Expirei sem ter sido amado.

 

FONTES:
 AMARAL, Manuel. Camões (Luís Vaz de). Acedido em 09 de Fevereiro de 2007. O Portal da História, 
http://www.arqnet.pt/dicionario/camoesluisvaz.html

Feeling do Clã: Mais perto do Céu
publicado por lusiadas às 22:13

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Domingo, 11 de Fevereiro de 2007

' Os desgostos me vão levando ao rio ' - A Vida de Camões

A Biografia de Luís Vaz de Camões está cheia de incertezas. Há poucas provas escritas e, as que existem são muito contraditórias. Aqui ficam as datas que achamos mais correctas.

Luís de Camões1524/1525
Nasce Luís Vaz de Camões, em Lisboa ou Coimbra, filho de Simão Vaz de Camões e  Ana de Sá Macedo, família fidalga mas pobre, que havia chegado a Portugal já no tempo de D. Fernando.

Esta data é apoiada por documentos tornados públicos por Faria e Sousa que referem a inscrição de Camões na lista de embarque para o Oriente. Esse documento datado de 1550, indica que a idade de Luís de Camões tem 25 anos.

1534
Camões é matriculado num dos colégios do Convento de Santa Cruz em Coimbra, onde estudou Artes.

1537
Com a Universidade de volta à cidade de Coimbra, Camões inscreve-se no curso de Teologia. A Universidade tinha como chanceller o seu tio, D. Bento de Camões, que pertencia à Ordem de Santa Cruz. A sua vida estudantil não era motivo de alegria para seu D. Bento, que gostava de ver o sobrinho optar por uma vida religiosa: Camões não mostrava qualquer intenção disso e muitas damas faziam parte do seu dia-a-dia.

1541
Depois de conseguir ser dispensado do curso de Teologia, Camões passa a estudar Filosofia. Por essa altura, já o seu talento para a poesia se mostrava, nomeadamente quando escreveu uma elegia,um poema de cariz triste, em tom de lamentação pelo falecimento de um alguém importante, que no caso, foi Jesus Cristo. Essa elegia foi oferecida ao seu tio, que ficou muito agradado com a oferta.

1544
Com cerca de 20 anos, encontra-se pela primeira vez com D. Catarina de Ataíde, na Igreja da Santa Cruz, em Coimbra, durante os festejos da Semana Santa: seria ela a eterna dona do seu coração. D. Catarina de Ataíde era dama da rainha D. Catarina, filha de D. António de Lima, mordomo-mor do infante D. Duarte, pelo que estava ligada à mais alta nobreza de Portugal.
No mesmo ano, Luís de Camões envolveu-se numa rixa e acabou detido. Seguiram-se protestos dos estudantes e, com a sua influência, D. Bento, seu tio, conseguiu que ele fosse libertado, no entanto, acabou desterrado para Lisboa por um ano. Em Lisboa, juntou-se à Corte poética da infanta D. Maria. Lá, conviveu com muitos poetas do seu tempo, alguns dos quais o invejavam.

1545
A sua vida boémia foi alvo de críticas e muitas intrigas, pelo que foi para o Alentejo, talvez por sua própria opção.

1547
Ingressa o exército português e vai para Ceuta. Cumpre em África serviço militar por dois anos e é lá que perde o seu olho direito.

1549
Regresso a Lisboa

1550
Camões decide ir para o Oriente e chega mesmo a alistar-se, mas a saúde e situação económica da mãe, agora viúva, fazem-no ficar em Portugal.

1552
Camões envolve-se num conflito, acabando por ferir Gonçalo Borges, moço dos arreios de D. João III, acabando preso na cadeia do Tronco da Cidade.

1553
A 7 de Março é libertado, por perdão de Gonçalo Borges e do Rei, visto que o primeiro conseguiu recuperar e o segundo concordou em perdoá-lo pois, pouco mais de duas semanas depois, Luís Vaz de Camões embarcaria para a Índia ao seu serviço. Com ele, Camões leva o manuscrito d'Os Lusíadas' que já havia começado a escrever. Em Setembro do mesmo ano, chegou a Goa, na Índia, onde ficou instalado nos tempos seguintes, participando em expedições militares.

1555
Apresenta em público o "Auto de Filodemo" na cerimónia da investidura do novo vice-rei da Índia, Francisco Barreto.

1556
Parte para Macau para desempenhar as funções de provedor-mor dos defuntos e ausentes. Enquanto lá viveu, alojou-se numa gruta nas redondezas da cidade, onde continuou a escrever os Lusíadas.

1558
As intrigas voltam a dar problemas a Camões. Neste ano, é mandado prender, tendo, por isso, de voltar a Goa. No regresso, o navio no qual viajava naufragou na foz do rio Mekong. Luís de Camões salvou-se a nado, segurando na sua mão o manuscrito d'Os Lusíadas' e deixando todos os seus outros pertences para trás. Quando chega a Goa, é de imediato preso. É na prisão que recebe a notícia da morte de D. Catarina de Ataíde, em 1556.

Até à data de regresso a Portugal, Camões esteve ainda outra vez detido por dívidas, mas conseguiu sempre ser libertado.

1569
Chega a Lisboa, depois de uma viagem atribulada em que sobreviveu miseravelmente em Moçambique e só com a ajuda de amigos conseguiu chegar à "Ocidental praia Lusitana" onde encontra a sua mãe muito velha e muito pobre.

1571
Camões consegue permissão para publicar "Os Lusíadas".

1572
O poema épico "Os Lusíadas" é publicado em Julho e é atribuída a Camões, seu autor uma tença de 15 mil réis durante três anos.

1575
A sua tença é renovada, no entanto, Camões vive os seus últimos anos de forma miserável, pois é grande gastador de dinheiro. Assim, vive o resto da sua vida na miséria.

1580
Tendo como única companhia a mãe, já bastante idosa e o escravo que o havia acompanhado desde a sua passagem pelo Oriente, Camões perece na sua residência a 10 de Julho.

1582
A sua tença é atribuída à mãe, ainda viva, mas muito pobre.

1587
As comédias "El-rei Seleuco", "Anphitriões" e "Filodemo" são publicadas postumamente.

1895
"Rimas", outra obra de Camões é publicada.


Durante a sua vida, escreveu um grande número de poemas. Quase todo o conjunto desses poemas foi publicado depois da sua morte: dezenas de sonetos, canções, elegias, odes, entre outros estilos poéticos.

 

FONTES:

ACLC. Biografia de Luís Vaz de Camões. Acedido em 11 de Fevereiro de 2007. AC Luís de Camões, http://aclc.com.sapo.pt/biografia.htm

AMARAL, Manuel. Camões (Luís Vaz de). Acedido em 09 de Fevereiro de 2007. O Portal da História, http://www.arqnet.pt/dicionario/camoesluisvaz.html

GAIO, Tiago. Biografia do Autor. Acedido em 08 de Fevereiro de 2007. Os Lusíadas, http://oslusiadas.no.sapo.pt/biografia.html

MARIA, Manuel. Luís de Camões - Esboço Biográfico. Acedido em 10 de Fevereiro de 2007. Farol das Letras, http://faroldasletras.no.sapo.pt/camoes_biografia_indice.htm

Feeling do Clã:
publicado por lusiadas às 22:53

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Sexta-feira, 2 de Fevereiro de 2007

' As armas e os barões assinalados... '

Não, não vamos cantar os feitos históricos de um povo... quem nos dera conseguir fazê-lo tão bem como certas pessoas... sim, referimo-nos a Camões e ao seu livro "Os Lusíadas", a quem vamos dedicar o próximo mês das nossas vidas.

E porquê? Para quê um blog sobre um fulano que já morreu vai para mais de muitos anos, que era escritor e que gostava de fazer rimas?

A culpa é do Sapo. O sapo lançou-nos o desafio e nós aceitámos. Agora, vêmo-nos "obrigados" a criar um espaço na Internet sobre um escritor português conceituado.

Pensamos em muitos.

Tantos...

Quem mais conceituado que Camões?

As opiniões divergem, é certo. Talvez até nem seja o favorito de toda a gente, mas concluímos que foi uma boa opção: Camões.

A 2.ª fase do Sapo Challenge começa na Segunda-Feira. Até lá, já nos estamos a preparar, embora ainda não tenhamos fechado a nossa equipa (faltam duas pessoas!).

Estamos prontos a Criar!

Feeling do Clã: Criativo
publicado por lusiadas às 23:41

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